Por Ana Luísa Calmon
A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, mais conhecida como AIDS, é uma doença infecciosa que atinge o sistema imunológico destruindo os glóbulos brancos, células que atuam na defesa do organismo humano.
De acordo com o Boletim Epidemiológico HIV/AIDS 2018, da Secretaria de Vigilância em Saúde – Ministério da Saúde, de 1980 a junho de 2018, o Brasil registrou 926.742 casos de Aids no Brasil, uma média de 40 mil novos casos por ano.
No Brasil, a cada 15 minutos alguém é infectado pelo vírus do HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana), o que é alarmante e traz à tona a importância da disseminação de informações sobre a doença.
Ser portador desse vírus não significa necessariamente ter AIDS, pois grande parte das vezes, o vírus não se manifesta por anos e a pessoa infectada não apresenta os sintomas da doença, porém não deixa de ser um transmissor, podendo infectar facilmente outras pessoas.
A transmissão do vírus pode ocorrer através do ato sexual sem o uso de preservativos, uso de seringas ou quaisquer outros materiais cortantes ou perfurantes utilizados por mais de uma pessoa sem a devida higienização, transfusão do sangue contaminado, ou da mãe infectada para o filho durante a gravidez, parto ou amamentação.
O HIV age já nas primeiras horas após a infecção, atacando as células de defesa (linfócitos), alterando o DNA da célula e replicando o seu material genético. Enquanto o vírus gera cópias de si mesmo, os linfócitos têm o seu funcionamento afetado e acabam se tornando menos eficientes, não conseguindo combater outras doenças, de forma que o número de células diminui. Geralmente, as pessoas têm entre 800 e 1200 linfócitos por milímetro cúbico de sangue e quando esse número fica abaixo de 200 células já é considerado um caso de AIDS. O organismo se torna suscetível às infecções chamadas oportunistas e sem um tratamento adequado estima-se que o tempo de vida do indivíduo seja de 3 anos.
Segundo o Ministério da Saúde, o número de brasileiros que fazem uso de antirretrovirais, remédios usados para o tratamento de infecções por retrovírus, praticamente dobrou em seis anos, entre 2009 e 2015, passando de 231 mil para 455 mil pessoas em tratamento. O uso de antirretrovirais trouxe resultados satisfatórios em cerca de 91% dos casos de pessoas adultas em tratamento há pelo menos seis meses. Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente 22 medicamentos para os pacientes soropositivos, dos quais 11 são produzidos no Brasil.
De acordo com o governo brasileiro, existem ainda cerca de 260 mil pessoas que não estão se tratando e sabem que estão infectadas pelo HIV e outras 112 mil que têm o vírus e não sabem, por não apresentarem sintomas.
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