A sacolinha plástica é aquele item indispensável no nosso dia a dia. Na visão de José Woelke, fundador da Polimáquinas, o plástico virou item obrigatório e assunto de negócio. Em 1984, a empresa criou a primeira máquina totalmente brasileira para fabricação de sacolas plásticas do tipo “camiseta”, concorrendo diretamente com os equipamentos produzidos nos países que na época tinham uma tecnologia mais avançada.
Mas, para chegar a esse ponto, a empresa teve que demonstrar dedicação, competência e determinação, atributos que posicionam a Polimáquinas no hall de empresas que representam o espírito da campanha #BeBrasil, apresentando a faceta estratégica, confiável e inovadora das empresas brasileiras.
No início da empresa, em 1975, o objetivo da empresa era prestar serviços de reforma e assistência técnica em máquinas de corte e solda de embalagens plásticas flexíveis. Porém, com o passar do tempo, José Woelke percebeu que o mercado tinha outras necessidades e então a Polimáquinas iniciou a fabricação de acessórios e periféricos para equipar vários tipos de máquinas, nacionais e importadas. Hoje a empresa é líder na América Latina no segmento de máquinas de corte e solda para sacolas “camisetas” e sacos blocados (usados para pesar frutas e verduras).
Seu José faleceu, mas o desejo de tornar a Polimáquinas líder do setor de plástico permaneceu entre seus funcionários. Ao longo de décadas, o plástico foi se tornando matéria-prima essencial e passou a ser usado em vários segmentos. Observando isso, a empresa começou a desenvolver máquinas para criar embalagens flexíveis, até então inexistentes no país. “Desde então, aprimoramos e incorporamos todas as tecnologias que surgiram. Estamos, portanto, equiparados em qualidade, produtividade e durabilidade às melhores máquinas produzidas no continente Europeu e nos Estados Unidos, o que favorece muito nossos clientes”, explica Gino Paulucci Junior, que está há 33 anos na empresa e há seis ocupa a posição de Diretor-presidente.
CERTIFICAÇÃO DE QUALIDADE
O empresário recorda do movimento que tentou proibir a utilização das sacolas plásticas, com a justificativa de que não eram produtos sustentáveis. Para aplacar essa ideia e acompanhar as mudanças, a Polimáquinas introduziu em seu processo de negócios o Sistema de Gestão de Qualidade e certificou-se com a norma ISO9001, que avalia e monitora a empresa de acordo com participação no mercado, redução dos custos e gerenciamento de riscos. “A inovação constante na empresa permite que tenhamos um ritmo sempre crescente no volume de máquinas vendidas nacional e internacionalmente. O que fazemos? Estamos sempre à frente, oferecendo aos clientes a possibilidade de marcarem tendências, com desenvolvimento de novos produtos que, muitas vezes, ainda nem foram lançados no mercado mundial”, explica Gino.
Mesmo com as dificuldades de produção, logística, custos alto e impostos no Brasil, Gino enxerga um futuro positivo para o setor do plástico. “Apesar de serem grandes os desafios para produção de qualquer tipo de máquina no Brasil – devido ao custo Brasil, aos impostos, à logística etc. – vejo o setor com otimismo, pois o plástico ganha a cada dia novas utilizações, substituindo ou complementando outros materiais. Além disso, o avanço em pesquisas é muito grande em toda a sua cadeia produtiva. Temos sempre produtos melhores, mais resistentes, mais baratos e mais rápidos para serem produzidos”, relata.
INTERNACIONALIZAÇÃO
A primeira exportação da Polimáquinas foi em 1989 para Argentina, fruto da participação da empresa em feiras internacionais realizadas em São Paulo. “Nossos clientes em potencial nos visitaram, gostaram do que viram e compraram nossas primeiras máquinas. Assim, iniciamos nossas exportações e, desde então, não paramos mais”, explica Gino. Aliás, essa é a grande estratégia da empresa para se tornar reconhecida no mundo: participar de feiras do setor. “A participação consistente da empresa em feiras internacionais está entre as razões de nosso sucesso e de contratos firmados na América Latina, na Europa e na América do Norte, por exemplo. Se não tivéssemos marcado presença, teríamos perdido alguns mercados conquistados a duras penas", diz.
O SEGREDO DO SUCESSO
Para Gino, ética e tolerância são valores fundamentais para o êxito nos negócios, além do equilíbrio entre a vida profissional e pessoal, que o executivo acredita ser a chave do sucesso. “Nossa vida não pode se confundir com a história da empresa; é a história da empresa que deve completar a nossa vida”, ensina. Mas logo em seguida, entrega sua dedicação ao trabalho em uma frase: “Costumo dizer que um industrial pode morrer por qualquer motivo, menos de tédio”, brinca. E, do alto da sua experiência, finaliza: “Não acredito que possamos mudar o mundo. Mas acredito que podemos melhorar, e muito, o nosso entorno”.
Texto originalmente publicado em 9 de julho de 2014
Conheça a campanha Be Brasil em www.bebrasil.com.br/pt
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