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Crianças e Internet

Por: Ana Clara Dantas

Desde o seu surgimento, a internet facilita a vida daqueles que buscam informações.

Antigamente, realizar uma boa pesquisa era sinônimo de permanecer horas em uma biblioteca lendo livros e mais livros e hoje, basta acessar um buscador, inserir uma “palavra chave” e vários resultados surgem na tela do seu aparelho em frações de segundos.

Por um outro lado, neste vasto mundo que é a internet, assim como no mundo real, existem perigos; escrever uma palavra impensada pode destruir vidas ou usar um aplicativo incorreto pode trazer traumas às todos envolvidos. Por isso, uma questão veio à tona com tanta popularidade do meio digital: mas, e as crianças? Será que elas sabem que a internet pode ajudar e destruir ao mesmo tempo?

Segundo uma pesquisa realizada no Brasil pelas empresas Mobile Time e Opinion Box, considerando um universo de 545 entrevistados, sendo adultos que têm smartphone e filhos entre 0 e 12 anos de idade, em 2017, 33% das crianças dessa faixa etária têm smartphone próprio. Conforme o relatório anual da UNICEF, 1 em cada 3 usuários de internet, em todo o mundo, é uma criança. Diante desses fatos, é muito importante informar as crianças sobre os perigo que elas podem encontrar na internet: pedofilia, pornografia, cyberbullying, dentre outros crimes virtuais.

O abuso, presente nas redes, pode acarretar problemas as crianças e adolescentes, tal como solidão, baixa autoestima, ansiedade, depressão, obesidade e agressividade. Por esses motivos, os pais devem ter um controle na hora de permitir o uso da internet. A pedagoga, Yanamara Franco, de 36 anos, mãe de dois filhos, um de 11 outro de 17, regrou o uso da internet em casa: “O mais novo tem horários estabelecidos. A parte da manhã é destinada às tarefas escolares, a tarde ele vai para escola e a noite, das 19h às 22h, é livre para usar qualquer tipo de tela. O mais velho não preciso controlar, ele está no 3º ano do Ensino Médio, tem pouco tempo livre e quando pode, gosta de jogar online no computador, até mesmo para espairecer. Ele diz que é a “válvula de escape”. Ele tem tão pouco tempo que eu deixo à vontade”.

As redes sociais têm uma política de idade, mas por vezes não é lida pelos usuários, ou passa desapercebida. A idade mínima para usar facebook, instagram e snapchat é 13 anos, para o WhatsApp é 16 e o Youtube é uma plataforma livre para todas as idades.

Se as crianças estão à mercê dos perigos na internet, é obrigação dos pais buscarem formas de protege-las da melhor maneira possível, já que seu uso faz parte da vida de qualquer um.

Existem aplicativos que bloqueiam conteúdos impróprios para a idade da criança, desse modo quando ele estiver diante de algum conteúdo inadequado esse aplicativo não permitirá o acesso.

Os aplicativos de “Controle Parental” impossibilitam, por exemplo, que a criança utilize o celular fora de hora, pois têm recursos para determinar a maneira como a criança usa o aparelho, quais sites são permitidos, tempo de duração, aplicativos que podem ser executados, entre outras funções. As regras de uso podem ser configuradas no aparelho ou numa interface no site do desenvolvedor através do painel administrativo.

Os aplicativos também oferecem um relatório detalhado sobre o funcionamento do dispositivo, tentativas fora de hora ou acessos de conteúdos bloqueados. Os melhores apps de “Controle Parental” são os seguintes: Kaspersky Safe Kids, Norton Family Parental Control e Kids Place, disponíveis para IOS e Android.

Conversar, controlar e saber o que a criança faz no mundo virtual é muito importante para a prevenção de futuros problemas. Na medida certa a internet pode ser uma grande amiga de seus filhos.

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