A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, comprometeu-se nesta quarta-feira (11/03), em rever os estudos do Conselho Monetário Nacional (CMN) que determinaram a manutenção dos preços mínimos do café conilon em Rondônia. O piso de R$ 210,13 por saca estabelecido para a safra 2019/2020 foi mantido para a safra 2020/2021. O preço mínimo foi publicado no dia 4 de março, no Diário Oficial da União. Enquanto outros estados que produzem café conilon receberam acréscimo de 15,31% sobre o valor da saca — passando para R$ 242,31 —, Rondônia teve o preço congelado. A determinação gerou reclamação entre os produtores do estado.
Para subsidiar a análise da Ministério da Agricultura, Pecuária e abastecimento (MAPA), a Federação da Agricultura e Pecuária de Rondônia (FAPERON) encaminhou à ministra dados do relatório Campo Futura Café, que apontou Custo Operacional Efetivo para a produção de uma saca de café sendo de R$ 229,50. Já o Custo Operacional Total (COT), que inclui máquinas, equipamentos e depreciação de bens fixos, ficou em R$ 270,00 por saca.
De acordo com o 1º Levantamento da Safra 2020 de Café divulgado pela Conab em janeiro, a produção cafeeira de Rondônia ocupa uma área total de 71,1 mil hectares, com 64,9 mil hectares em produção e 6,2 mil hectares em formação. A produtividade média estimada no estado situa-se entre 36,13 e 36,85 sacas por hectare, média parecida com a do estado da Bahia, que é de 38 sc/ha.
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