Por Amanda Vitória
Ao longo das próximas horas, você acordará, trabalhará, fará suas refeições, terá um pouco de lazer e dormirá para renovar suas energias. Enquanto isso, em algum minuto do dia, diversas mulheres descobrirão que possuem o câncer de mama e suas rotinas se modificarão drasticamente.
O câncer de mama pode ser classificado em três fases: precoce, quando é apenas restrito à mama; localmente avançado, quando atinge mama e axila; ou metastático (avançado), quando se espalha para outras partes no corpo.
Com o diagnóstico precoce da doença, as chances de cura aumentam muito e por isso, todas as mulheres precisam saber a importância da prevenção por meio do conhecimento do seu próprio corpo através do autoexame, que deve ser feito em qualquer idade, para saber o que é e o que não é normal em suas mamas. A maior parte dos casos de câncer de mama é descoberta pelas próprias mulheres.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), são esperados 57.960 casos novos de câncer de mama neste ano no Brasil. A idade é um dos fatores mais importantes para o surgimento da doença, cerca de quatro, em cinco mulheres, ocorre após os 50 anos.
Em 2012, Marcia Melo foi diagnosticada com câncer de mama e, em entrevista, relatou como foi a descoberta: “Nunca tinha feito a mamografia. Quando descobri, fiquei sem chão e até mesmo por ser da área da saúde achava que não iria passar por isso, por conhecer os sintomas”.
A participação da família nesse momento é de extrema importância, pois o diagnóstico do câncer provoca um grande impacto tanto no paciente, como em seus familiares. Por ser um assunto de certa forma novo, é comum que as pessoas fiquem assustadas e não saibam como lidar. Mas, o desafio é de todos e, exatamente por isso, todos devem se unir e se apoiar para lidar mais facilmente com esse momento delicado. “O apoio da família é fundamental, sem eles eu não teria chegado aqui. Principalmente, o apoio dos meus filhos, por que por eles sentia uma vontade enorme de vencer essa doença, para vê-los criados e formados. Eu só pedia a Deus, essa força vem de dentro de uma forma inexplicável”.
A prevenção do câncer de mama é comum a outros tipos de câncer: evitar obesidade, álcool e tabagismo, praticar atividade física e fazer uma alimentação saudável. Mas, especificamente, neste tipo é recomendado amamentar e evitar a reposição hormonal após a menopausa e, é muito importante a mulher, a partir de 40 anos, fazer anualmente a mamografia.
Anualmente, no mês do outubro, o Brasil se volta totalmente à luta contra o câncer de mama, por meio da Campanha “Outubro Rosa”. Agora, é a vez dos homens, pois no mês de novembro as atenções são focadas na conscientização e prevenção do câncer de próstata, com a campanha “Novembro Azul”.
Segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer), o câncer de próstata é a doença que mais prevalece nos homens e sua incidência é muito maior que a do câncer de mama nas mulheres. Porém, este assunto, por muitas vezes, não é tratado pelo público masculino com a devida atenção.
Um estudo realizado pela sociedade Brasileira de Urologia (SBU) revela que a estimativa de novos casos ao ano é de sessenta e nove mil, ou seja, aproximadamente oito novos casos a cada hora.
A doença não tem prevenção. No entanto, o seu diagnóstico precoce é essencial para o tratamento curativo e para a surpresa de todos, de acordo com estudos realizados pela SBU, em 2015, 51% dos homens nunca consultaram um urologista.
Por isso, a campanha ”Novembro Azul” foi criada, com o intuito de conscientizar o público masculino sobre a importância de, anualmente, ir ao médico urologista e realizar o exame de sangue PSA ou o tão temido, e alvo de preconceito, exame de próstata. Infelizmente, ainda, existe um preconceito forte quanto ao procedimento que pode salvar vidas.
Segundo pesquisas do INCA, o câncer de próstata é o sexto tipo de câncer mais comum no mundo e é considerado um câncer da terceira idade, já que, aproximadamente, três quartos dos casos ocorrem a partir dos 65 anos. No Brasil, esta modalidade de câncer é o segundo mais comum entre os homens, após o câncer de pele.
A redação do Jornal Observação! Procurou alguns personagens para complementar esta matéria, mas, infelizmente, não conseguiu, porque, ainda existe preconceito, timidez e dificuldade para lidar com a doença por parte dos homens. Esta realidade precisa mudar e o público masculino, a partir dos 45 anos, tem que iniciar o acompanhamento médico, dar atenção aos sinais do seu corpo, pois prevenir é a melhor solução.
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